A teoria de que as crianças são anjos é isso mesmo. Uma teoria que de real não tem nada. Mesmo a mais doce criança pode ser capaz das maiores tropelias. E quando escrevo "das maiores" é exactamente isso que pretendo transmitir: maiores! Isto agrava-se quando revelam carácteres duros e alguma queda para (pequenas) ditadoras. E, nesse caso, logo se vê: dão trabalho. Muito.
Nada de baixar os braços e, pouco a pouco, vai-se conseguindo encaminhá-las. Muito pouco a pouco. Sem nunca dar parte fraca. E, quando o cansaço é muito, desviam-se atenções. Porque se há coisa que os docinhos amargos não podem perceber é que nos cansam.
O pior é quando se cruzam com adultos incapazes de lidar com tal dureza que, à mínima distracção, se pode transformar em insolência e até má educação. E subitamente esses adultos, que deveriam/poderiam ajudar os pais na hercúlea missão de transformar as pestes em seres humanos decentes, transformam-se numa espécie de sabotadores de formação. Revelam medo perante o ar ameaçador dos miúdos (fedelhos seria mais apropriado tal a postura que conseguem assumir), dando-lhes aquele poderzinho que eles nunca deveriam sequer imaginar ter: o poder de assustar, de baralhar. E depois retribuem com injustiças e rasteiras que nenhuma criança tem a capacidade de compreender.
A luta, claro, é desigual. O problema é que o adulto já o sabe. A criança, não. Nem tão pouco imagina que, aconteça o que acontecer pelo caminho, será sempre ela a prejudicada.
No fim, todas estas pessoas acabarão por sair da vida das crianças e esquecer-se-ão delas. Foi apenas mais uma. Mas deixam marcas difíceis de apagar. E os pais? Os pais ficam e continuam a tentar. Mas agora já não têm apenas de transformar diabretes em gente de jeito. Têm de fazer isso e ainda tentar limpar o lixo que os outros adultos vão deixando diariamente.
A referir: tenho três destes anjos.
Nada de baixar os braços e, pouco a pouco, vai-se conseguindo encaminhá-las. Muito pouco a pouco. Sem nunca dar parte fraca. E, quando o cansaço é muito, desviam-se atenções. Porque se há coisa que os docinhos amargos não podem perceber é que nos cansam.
O pior é quando se cruzam com adultos incapazes de lidar com tal dureza que, à mínima distracção, se pode transformar em insolência e até má educação. E subitamente esses adultos, que deveriam/poderiam ajudar os pais na hercúlea missão de transformar as pestes em seres humanos decentes, transformam-se numa espécie de sabotadores de formação. Revelam medo perante o ar ameaçador dos miúdos (fedelhos seria mais apropriado tal a postura que conseguem assumir), dando-lhes aquele poderzinho que eles nunca deveriam sequer imaginar ter: o poder de assustar, de baralhar. E depois retribuem com injustiças e rasteiras que nenhuma criança tem a capacidade de compreender.
A luta, claro, é desigual. O problema é que o adulto já o sabe. A criança, não. Nem tão pouco imagina que, aconteça o que acontecer pelo caminho, será sempre ela a prejudicada.
No fim, todas estas pessoas acabarão por sair da vida das crianças e esquecer-se-ão delas. Foi apenas mais uma. Mas deixam marcas difíceis de apagar. E os pais? Os pais ficam e continuam a tentar. Mas agora já não têm apenas de transformar diabretes em gente de jeito. Têm de fazer isso e ainda tentar limpar o lixo que os outros adultos vão deixando diariamente.
A referir: tenho três destes anjos.